Para muita gente ter um animal de estimação em casa é fundamental. Já imaginou todo dia ser recebido com muito carinho pelo pet? Os bichinhos dão tanta alegria ao ambiente que são capazes de mudar a atmosfera de um lugar. Quando se tem criança em casa, a presença dos pets pode ser ainda mais importante.
Alguns pais optam por criar seus filhos com pets em casa desde cedo. Essa atitude pode trazer diversos benefícios para os pequenos, os quais foram comprovados cientificamente. Além de proporcionar memórias inesquecíveis, os bichinhos também impactam diretamente no bem-estar emocional e físico das crianças. Saiba mais sobre outros benefícios.
Confira os principais assuntos deste artigo:
- Dicas para cuidar do pet;
- Vantagens de ter animais em casa.
- Como escolher o cão ideal para crianças.
Como cuidar bem do pet
Antes de falarmos sobre os benefícios dos animais de estimação na vida dos filhos, é importante saber que será necessário gastar tempo e dinheiro. Seja qual for a opção, cão ou gato, é preciso investir no cuidado e bem-estar dos bichos. A primeira coisa que precisa ter em mente é que o pet vai precisar de acompanhamento com o médico-veterinário.
Assim como os humanos, os animais também precisam fazer chek up de rotina. Alguns tutores tendem a deixar para fazer os exames quando o cão ou gato já está doente. Com o acompanhamento médico, é possível realizar tratamentos preventivos e evitar procedimentos invasivos como cirurgias.
Além disso, a família precisa garantir conforto ao animal. Não se trata de um hotel 5 estrelas, a menos que você tenha condições financeiras para isso, mas sim de um ambiente seguro e confortável. Garanta que o espaço em que ele estiver esteja higienizado. Assim que notar urina ou fezes, tente limpar o mais rápido possível.
Cuida da higiene e da alimentação
Lembre de dar banho no animal toda semana. Caso contrate serviços de petshop, certifique-se de que os profissionais cortaram as unhas e tosaram o bichinho. Fique atento se tiver um cachorro, pois ele pode ter sérias doenças, inflamações de pele, pulgas e carrapatos quando fica muito tempo sem tomar banho.
Isso não acontece com os gatos, pois são animais autolimpantes. Logo, acabam se tornando mais fáceis de cuidar e exigem menos gastos. Enquanto o cão precisa de banhos semanais, ainda mais se a casa tiver quintal. É válido informar que cada pet tem um método de higienização. Algumas raças de cães podem ter condições mais exigentes.
Outro fato a se atentar é a alimentação. É importante identificar a ração ideal para o pet, pois a nutrição pode ser diferente dependendo do animal e do seu porte. Evite deixar comida à vontade na vasilha do pet, a forma ideal de alimentá-lo é regrando a quantidade diária. Para saber qual é a ração ideal, consulte um veterinário.
Benefícios do convívio com pets para as crianças
Agora que já sabe como cuidar dos bichinhos, é hora de saber como os pets podem tornar os dias das crianças ainda melhores em casa. De acordo com estudos, os animais de estimação têm a capacidade de fortalecer o sistema imune dos pequenos. A descoberta vai contra o que acreditava-se antigamente, de que gatos e cães poderiam causar alergia nas crianças.
O convívio deles com os filhos faz exatamente o contrário, diminui o risco de asma, protege de infecções e reduz a chance de desenvolver dermatite atópica. Inclusive, essas doenças costumam dar muito trabalho aos pais durante a infância dos pequenos. Não se sabe o motivo dos animais estimulares o sistema imune, mas é como se ocorresse um treinamento.
Em outras palavras, ao ter contato com os pets ainda criança, o sistema imune começa a trabalhar. Assim, reage aos agentes externos como pelos e poeira e as defesas ficam afiadas para lidar com potenciais causas de alergia. Outras pesquisas ainda apontam que o convívio com animais influencia na composição do conjunto de micro-organismos do intestino.
Estímulos cerebrais e emocionais
Pensa que acabou? Tem muito mais. Ter um cão ou gato em casa ajuda a estimular o desenvolvimento cerebral dos filhos. Afinal, as conexões entre os neurônios aumentam quanto mais tiverem estímulos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a relação das crianças com os animais faz com que elas repitam a mesma atividade várias vezes.
Consequentemente, passam a aperfeiçoar as habilidades motoras. No campo emocional, os benefícios também são inúmeros. A interação diária com os bichos estimulam a socialização, autocontrole e capacidade afetiva. Isso acontece porque o relacionamento entre humanos e animais trabalham a empatia e a interpretação dos sentimentos.
Sem contar que é algo terapêutico, principalmente para crianças que sofrem com problemas neurológicos e físicos. Em tratamentos de pequenos com autismo, por exemplo, é incluída a terapia assistida por animais, conhecida como TAA. Trata-se de uma abordagem específica com o objetivo de melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Ajuda a controlar o estresse
Se acha que o estresse pode acometer apenas pessoas adultas, está enganado. Crianças também podem apresentar comportamentos de irritação e falta de paciência. Quando tem gatos e/ou cães em casa, os pequenos podem ficar mais relaxados e calmos. Só o fato de fazer carinho no animal, o organismo libera hormônios que ajudam a responder ao estresse.
Ainda, segundo pesquisa do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), ter um pet em casa auxilia da redução do risco de ansiedade infantil. Por esse e outros motivos é válido considerar inserir um animal em casa para crescer junto com os filhos. Existem vantagens até para o físico, como a redução do risco de obesidade na infância.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Alberta, no Canadá, indicou que os animais ajudam a prevenir as crianças da obesidade. Com base em estudo com 700 bebês, foi possível identificar que as crianças que tiveram convívio, com pelo menos um bichinho, tinham o dobro de Oscillospira no intestino. É uma bactéria que tem relação com o risco de ganho de peso.
Diminui o sedentarismo
Ter um animal de estimação desperta o interesse da criança em fazer atividades, como por exemplo passear e brincar. Em tempos que a infância acontece em frente das telas de celular e computador, é interessante buscar estratégias para fazer os filhos se movimentarem. Quanto mais próxima for a relação entre os pequenos e os pets, mais chances têm deles serem ativos.
Como pode ver, adotar um bichinho é vantajoso em vários aspectos. É importante que os pais supervisionem a interação dos pets e os filhos pelo menos até os sete anos de idade. Durante esse período, é ainda mais relevante cuidar para que os animais não tenham carrapatos e pulgas.
Quando o filho tiver contato físico com o animal, certifique-se de que ele lave as mãos depois. É uma das formas de prevenir problemas de saúde. Por mais fofos que sejam, os pets podem transmitir doenças e as contaminações podem acontecer através de mordidas, arranhões ou contato com as fezes do bichinho. Para prevenir contaminações, faça a vermifugação no pet.
Qual a melhor raça de cães para os filhos
Os benefícios de conviver com animais já está mais que comprovado, mas é importante ter cuidado ao escolher qual pet vai interagir com o seu filho. De uma forma geral, evite filhotes muito pequenos pois as crianças não sabem como pegá-los e podem acabar machucando os bichinhos. Para crianças mais tranquilas e menores, aposte na raça Shih-tzu e Yorkshire.
Enquanto as crianças mais agitadas podem se dar bem com cães de grande porte, como por exemplo o Golden Retriever. Essa fofura tem a fama de ser o cachorro da família, por serem brincalhões, companheiros, obedientes e inteligentes. Acaba sendo uma das raças preferidas para as crianças, pois o cão vai ter energia de sobra para brincar.
Inclusive, se não estiver muito ativo no dia a dia, o Golden Retriever pode descarregar essa energia destruindo coisas pela casa. Outra opção é o adorável Labrador, raça semelhante ao Golden em questões de temperamento e tamanho. A principal característica desse cão é que ele é extremamente dócil e companheiro. Adora brincar e correr.
Cães de pequeno porte
Como foi dito anteriormente, os cães de pequeno porte podem ser uma boa pedida. O Shih-tzu é uma das raças mais populares de hoje em dia, por terem um temperamento amigável e relativamente tranquilo. Diferente do Golden e o Labrador, esse cão tem menos energia, mas ainda assim é um ótimo companheiro.
Se os filhos forem mais calmos e gostarem de uma vida mais pacata, pode ser a melhor opção. Outra raça indicada é o Buldogue Francês, principalmente se a família morar em apartamento. Trata-se de um cão de companhia, assim como o Shih-tzu. Por outro lado é muito afetuoso e gosta de receber carinho, chegando a ser egocêntrico.
Terceira e última recomendação de cachorros de pequeno porte é o Beagle. Conhece o personagem de desenho Snoopy? Então, é exatamente essa raça. Não confunda o tamanho com pouca disposição, pois esse cãozinho é cheio de energia. Costuma ser ativo e extremamente curioso, além de ser sociável, afetuoso e brincalhão.
Fique de olho na interação
Independente do cachorro ou gato escolhido, fique de olho na interação do pet com a criança. Os pais precisam monitorar e orientar essa relação. Reforce com os filhos que os animais não são brinquedos e que possuem necessidades e vontades próprias, as quais devem ser respeitadas.
Ensine os pequenos a não machucar os animais, ainda que ache que estão brincando. Caso o bichinho seja de pequeno porte e mais delicado, certifique-se que a criança não está apertando demais ao segurá-lo. Com esses cuidados, o convívio entre eles será ainda mais benéfico.