A gravidez é um momento especial na vida de toda mulher, no entanto, o momento do parto é sempre de muita tensão e, por isso, é importante decidir antes se ele será normal ou cesárea. Muitas diferenças existem entre ambos, porém, já te adiantamos de agora que o normal conta com algumas vantagens.
Contudo, nem sempre ele pode ser a melhor opção, já que algumas complicações podem ser evitadas através da cesárea. Se ainda está em dúvida, e quer saber qual é o melhor tipo de parto, e quais são as consequências pela escolha de cada um, confira nosso artigo especial para te ajudar a decidir.
Será possível encontrar as seguintes informações no artigo a seguir:
- Tempo de recuperação em ambos os tipos de parto;
- Qual deles causa mais dor no período de recuperação;
- Processo de cicatrização do parto normal e cesárea;
- O que a cesárea influencia na amamentação;
- Possíveis complicações que podem acontecer em cesarianas;
- Tempo de trabalho de parto;
- Anestesia disponível para se realizar parto normal sem dor;
- Casos em que a cesárea é recomendada.
Parto normal tem recuperação mais rápida
O parto normal conta com uma recuperação bem mais rápida do que a cesárea. No geral, a mãe que passar por esse processo pode levar até 60 dias para se recuperar completamente, contudo, geralmente, esse tempo não passa dos 40 dias. Muito diferente da cesárea.
Na cesárea, durante alguns meses, é normal que as mulheres sintam fisgadas na região, além de outras dores. A recuperação é bem mais lenta, já que a mulher passa, literalmente, por uma cirurgia. Além disso, o tempo para que ela se recupere completamente é de 6 meses, 3 vezes maior do que o normal.
Outro ponto a ser analisado é que, após o parto normal, geralmente a mãe já pode começar a cuidar do bebê quase que imediatamente. Enquanto isso, no caso da cesárea, será preciso que ela fique de repouso entre 6 e 12 horas, sem falar nas dores sentidas após o processo.
Dor no pós-parto é maior na cesárea
Muita gente escolhe a cesárea para não ter que passar pelo trauma de vivenciar um parto muito doloroso. Contudo, essa pode se mostrar não ser a melhor opção ao analisarmos o todo, já que, no período pós-parto, as dores são bem maiores (e duradouras), do que no parto normal.
A recuperação já é bem mais curta no parto normal, logo, é de se deduzir que as dores sentidas durante esse período são bem menores, e duram um tempo consideravelmente menor. No entanto, não é isso que acontece com a cesárea.
As dores, que se alongam por vários meses, são bem mais intensas quando cesáreas são realizadas, o que dificulta no dia a dia da mãe, que tem o bebê como nova responsabilidade. Pense bem antes de optar por esse tipo de parto.
Cicatriz é bem maior no caso de cesárea
O parto normal acontece por um canal criado para aquilo, logo, a cicatrização é bem mais tranquila, pois a região, muitas das vezes, não precisa de um corte extra para facilitar a saída do bebê. Isso acaba fazendo com que a cicatriz, quando existe, seja bem menor.
No entanto, no caso da cesárea, é impossível escapar da marca. Logo abaixo do umbigo, um corte será feito, e a cicatriz, muitas vezes, acaba interferindo bastante na autoestima da mãe no pós-parto, gerando episódios de isolamento que podem se desenvolver e gerar depressão nesse período.
Infelizmente, é comum que as mães acabem se sentindo menos atraentes durante esse período, por conta de todas as mudanças relacionadas ao seu corpo. Por isso, é muito importante manter a autoestima lá em cima, e a cicatriz da cesárea pode atrapalhar nesse processo.
Depressão pós-parto merece mais atenção
É comum que mães acabem enfrentando períodos de tristeza após o parto, no entanto, quando falamos de episódios que não passam após 15 dias, você pode estar lidando com uma depressão pós-parto.
Apesar de não ser algo tão difundido mesmo nos dias de hoje, é necessário ficar atento para sinais de apatia e desinteresse em realizar atividades corriqueiras. Caso identifique isso, é preciso procurar ajuda profissional para tratar da doença.
Amamentação nos dois tipos de parto
Muitas mães não sabem disso, mas, ao depender do tipo parto escolhido, a amamentação também será afetada. O corpo começa a produzir a prolactina e a ocitocina durante o trabalho de parto, no entanto, esse processo, várias vezes, pode não se repetir em cesáreas programadas.
A produção dos hormônios citados pode não acontecer da mesma maneira, logo, o processo de lactação pode ser complicado, gerando a baixa produção de leite materno. Lembrando que a amamentação é extremamente importante até os 6 meses de idade.
Reduzindo a taxa de mortalidade, além de ser importante aliado na hora de lidar com possíveis doenças que a criança possa ter no futuro. Porém, para as mães que não conseguem produzir leite suficiente, já existem algumas alternativas para o leite materno disponíveis.
Complicações podem acontecer mais facilmente na cesárea
Outro risco a ser levado em consideração na hora do parto é o de complicações que podem acontecer no momento. É impossível fazer um procedimento completamente sem riscos em ambas as ocasiões, porém, a cesárea pode piorar um pouco a situação.
O risco de hemorragia aumenta, é possível que o bebê tenha problemas respiratórios na hora do parto, além de que infecções, trombose e outros males podem acabar atingindo a grávida. No entanto, a cesárea apenas aumenta a possibilidade disso acontecer, não é certeza de nada.
A maioria dos partos desse jeito acontecem sem maiores dificuldades, contudo, é sempre bom estar ciente dos riscos que se corre. Porém, frisando mais uma vez, que fazer cesárea não necessariamente faz você passar por esses problemas, apenas aumenta o risco de algumas dessas coisas acontecerem.
Em compensação, trabalho de parto normal é mais longo
O trabalho de parto normal é muito maior do que o da cesárea. Isso porque é impossível delimitar quantas horas a mulher terá que se submeter ao procedimento, quantos centímetros de dilatação ela terá com o passar das horas, e muitas outras informações.
O trabalho de parto, sem considerarmos a parte das contrações que as mulheres sentem antes, pode durar entre 12 e 24 horas. Além disso, vale ressaltar que a dor pode ser constante durante esse período, e a experiência, muitas vezes, é traumatizante para muitas mães.
Em compensação, o parto cesárea tem duração média de 45 minutos, podendo ser alongado a até 1 hora. O tempo gasto é bem menor, no entanto, a escolha por esse tipo de parto só é recomendada em pouquíssimos casos.
Também existe anestesia para parto normal
A dor do parto é uma das piores do mundo, e por conta disso, muitas mulheres até mesmo desistem de serem mães, ou acabam recorrendo para a cesárea para realizarem suas vontades. No entanto, passar por esse processo doloroso pode ser bem menos pior atualmente.
Por mais que muitas mães não saibam disso, o parto normal também pode contar com anestesia. A injeção não faz mal para o bebê, ajuda a diminuir a dor da região, mas não tira toda a sensibilidade. Em toques, por exemplo, a mãe ainda sente as pernas e as regiões íntimas.
É chamada de anestesia peridural, e está sendo cada vez mais difundida para se realizar partos normais, sem ter que recorrer a cesárea. Por falar nisso, essa é exatamente a mesma anestesia aplicada na realização de cesarianas e outras cirurgias menores.
E quando a cesárea é recomendada?
Apesar de não ser o ideal, existem situações que exigem que as mães acabem optando pela cesariana. Isso faz com que se preserve a saúde dos bebês, e apesar de poder trazer complicações no futuro, em alguns casos, é a decisão certa a ser tomada.
Quando o parto é induzido através do uso de medicamentos, e não demonstra evolução no quadro, é recomendado que se opte pela cesárea. Além disso, se a mãe já tiver passado pelo procedimento anteriormente, mais de uma vez, também é a melhor opção.
Confira aqui quais são os outros cenários onde a cesárea é indicada:
- Caso malformação congênita seja identificada na criança;
- Caso o bebê esteja sentado ou na posição transversal;
- Caso o bebê seja muito grande, com mais 4.500 gramas, a cesárea é mais indicada;
- Caso a criança esteja com sofrimento fetal agudo;
- Caso, em uma gravidez de gêmeos, o primeiro feto esteja pélvico ou em apresentando anomalias;
- Caso aconteça o descolamento muito cedo da placenta;
- Caso o cordão umbilical esteja em posição anormal;
- Caso a mãe tenha DSTs como AIDS ou herpes genital, a fim de evitar a transmissão;
- Caso a mãe tenha problemas pulmonares graves, cardiovasculares ou alguma inflamação intestinal.
A decisão é sua, mas escolha o tipo de parto com sabedoria
No fim, a escolha do tipo de parto é apenas da mãe, no entanto, é importante pensar bastante nisso. A cesárea, por mais que esteja se tornando cada vez mais popular ao redor do mundo, pode ocasionar uma série de problemas que temos certeza que nenhuma mãe quer ter que lidar.
Por isso, é recomendável que se opte por ela apenas em casos em que são realmente necessárias, com todos eles sendo listados no artigo. Se prepare para esse momento, e escolha uma boa equipe médica para te acompanhar nessa trajetória, para que seu bebê nasça da melhor maneira possível.