Quando o assunto é gestação, existem diversas teses, mitos e dizeres sobre o assunto. Alguns deles verdadeiros outros não. Mas, a verdade é que a gravidez é um momento muito particular da mulher, em que ela merece ser respeitada pelas escolhas que tomar.
Incluindo uma dessas escolhas existem também a possibilidade da mãe escolher se ela quiser ter uma gravidez de 12 meses. Ao menos é isso que a teoria da exterogestação tem a dizer às mamães.
Veja só o que abordaremos sobre a teoria:
- Teoria da exterogestação: a gravidez de 12 meses;
- Vantagens da exterogestação;
- Como funciona na prática;
- Dicas para fazer o pacotinho de bebê.
Exterogestação: a gravidez de 12 meses
A teoria da exterogestação foi criada pelo antropólogo Ashley Montagu, mas foi com o médico pediatra Harvey Karp que ela se popularizou. Apesar de ser um conceito de nome difícil, a teoria é conhecida como a gravidez de 12 meses.
Embora soe um pouco estranho, a teoria não se refere a nenhuma anormalidade durante o período gestacional. Na verdade, ela apresenta a ideia de que a gestação não acaba na hora do parto, mas tem continuação fora do útero.
A exterogestação propõe que os pais tentem externalizar a sensação ambiente do útero da mulher, fora do corpo dela. Dessa forma o bebê tenha mais conforto e sofra menos durante a adaptação com o mundo externo.
Benefícios da exterogestação para o bebê
Com esse conceito de gestação fora do útero, o bebê faz uma transição mais tranquila para o seu novo ambiente. Consequentemente, isso gera benefícios ao bebê que sofre com ruídos, luzes e sensações que até então são estranhas a ele.
Redução do estresse
Com a recriação do ambiente uterino, o recém nascido enfrenta menos dificuldades para se adaptar. Isso torna o processo menos estressante tanto para o bebê como para os pais. Além disso, a exterogestação ajuda a reduzir as cólicas que os nenéns normalmente têm nessa fase.
Desenvolvimento do laço afetivo
Também, a chamada gravidez de 12 meses pode ajudar na criação do laço afetivo entre os bebês e os pais. Isto porque a prática desse tipo de gestação colabora para que a conexão seja mantida entre eles, principalmente com a mãe. Isso pode gerar benefícios à criança futuramente, tanto fisicamente como psicologicamente.
Como funciona na prática
Pode parecer um bicho de sete cabeças recriar o útero fora do corpo da mulher. Claro que este é apenas um conceito, não seria possível desenvolver o ambiente intrauterino perfeitamente. Entretanto, algumas técnicas podem ajudar.
Na hora de dormir
O sono é essencial para as crianças, principalmente no início da vida. Por isso, a exterogestação acredita que é necessário que os pais respeitem os horários de sono do neném, ainda que não sejam organizados.
Logo, ele deve dormir sempre que quiser. Nesse momento, o ambiente deve ser com luz amena e num espaço tranquilo. Algumas teses defendem que os pequenos devem dormir na cama com os pais, em razão do contato com a mãe, ao invés de cortar de uma vez esse vínculo físico.
Entretanto, esse argumento é bastante criticado tendo em vista que alguns especialistas afirmam que pode ser um hábito perigoso podendo gerar inclusive o sufocamento do bebê, caso os pais se mexam durante o sono.
Amamentação livre
Além disso, os adeptos da gestação fora do útero acreditam que o mais correto para o bebê é deixá-lo livre na amamentação. Ou seja, essa teoria bate de frente com o entendimento de que o neném tem que comer de três em três horas.
Todavia, a amamentação livre é só nos primeiros meses. Isso não significa que a mamãe não deva fazer a transição para a rotina alimentar aos poucos. A exterogestação não aconselha a interrupção abrupta da alimentação do bebê já que na barriga da mãe ele foi acostumado a comer na hora que quisesse.
Sons ambientes
Para tornar a adaptação do recém nascido mais lenta e tranquila, o quarto do bebê deve ter pouquíssimo barulho. No útero, ele não lidava com sons fortes e desconfortáveis.
Segundo a teoria, ter um som ambiente semelhante ao que ele recebia no útero é recomendável. Algo similar ao som que secadores e aspiradores fazem ao estarem ligados. Mas claro, com menos volume. Leia aqui mais técnicas de sons para acalmar bebês.
Iluminação do quarto
Outra técnica interessante é manter a luz do quarto baixa o maior tempo possível. Isso pode deixar o recém nascido menos agitado, sem contar que não agride os olhos do bebê, pois ainda são sensíveis.
Pacotinho de bebê
A última técnica, porém muito criticada, é o pacotinho de bebê. É aquele famoso tecido macio que passa em volta do recém nascido, fazendo parecer como se ele estivesse em um casulo. Conforme a exterogestação, o neném se sente seguro e confortável assim.
Atenção ao enrolar o recém nascido
A estratégia do pacote ou casulo para acalmar o bebê é recomendada por muitos profissionais e é utilizada em diversos países. Entretanto, um estudo feito pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, identificou que enrolar o neném no tecido durante o sono pode oferecer o risco de morte súbita.
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De acordo com a pesquisa, também não é recomendado colocar os bebês de bruços quando estiverem empacotados. O certo é deixar o neném de barriga para cima. Ainda, os profissionais recomendam aos pais que deixem os bebês livres pelo berço conforme forem crescendo.