Uma recente pesquisa da Datafolha trouxe à tona um assunto que vem, cada vez mais, sendo discutido em todo país – e em todo o mundo também: será que o trabalho autônomo (como o MEI) é uma boa alternativa frente ao desemprego gerado pelo trabalho tradicional?
A questão vai muito além de ser uma alternativa: há quem diga que apesar dos benefícios trabalhistas previstos pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), que estão na carteira assinada, muita gente opta pelo trabalho autônomo, que traz mais flexibilidade e outros benefícios.
Quer ver apenas um pedacinho dessa pesquisa: 50% dos eleitores que responderam a pesquisa afirmam que preferem o salário mais alto como autônomos do que outro com salário menor como CLT. Apenas 43% preferem a carteira assinada e os benefícios tradicionais.
A Pesquisa!
A Datafolha ele fez uma pesquisa e perguntou para as pessoas a seguinte coisa: “O que é mais importante para elas – se a ter um salário mais alto como autônomos considerando os benefícios trabalhistas e os impostos ou ter um salário mais baixo trabalhando com uma carteira assinada”.
Boa pergunta, não acham?
É a famosa CLT, que até então costumava pesar muito nas escolhas das pessoas, isso porque traz junto consigo muitos benefícios trabalhistas, tais quais o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), o Seguro Desemprego (em casos de demissão sem justa causa) daí por diante.
Só que pagando impostos mais altos por tudo isso, já que o salário bruto é bem diferente do salário líquido. E parece que esse imposto pesou, já que a pesquisa indicou uma resposta diferente do que estávamos acostumados a ver no país.
A Resposta!
A resposta da pesquisa foi a seguinte: 50% das pessoas preferem ter um salário mais alto como autônomos em benefícios trabalhistas e impostos mais baixos. Resumindo, metade deless preferem ganhar mais sem esses direitos que citamos acima.
E, por outro lado, 43% respondeu que prefere ter a carteira de trabalho assinada com os benefícios trabalhistas e pagando impostos mais alto. Logo, 43% preferem continuar do jeito que está, incluindo o INSS, FGTS e todos os direitos trabalhistas.
Só que também a maioria prefere ter um salário mais alto com menos direitos e mais liberdade.
Ah, por fim, 7%o não sabe exatamente qual é o melhor.
A busca pela autonomia
Vale observar que, de acordo com o Datafolha, na análise por grau de instrução e por renda familiar mensal se observou que a preferência por ser autônomo cresceu consideravelmente. E, conforme aumenta a escolaridade e a renda familiar mensal do entrevistado, mais interesse na autonomia.
Sobre a pesquisa, saiba que foram entrevistados: a 8.601 eleitores em 323 municípios.
A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos e foi registrado no TSE sob o número br 069.19/ 2018.